E os favoritos do mês de setembro chegaram antes de acabar outubro, benza deos! 🙌

Não houve tantas coisas divertidas no mês passado, mas o saldo ficou bom por ter tido a companhia de pessoas que eu gosto muito! Estou meio estressada com meus estudos, então não é de se surpreender o fato de ter me enrolado por dias com a redação por aqui... Ah, mas são águas passadas, porque alguma coisa saiu, né? Vamo que vamo, que o post não pode demorar mais!


1. Bienal de Quadrinhos de Curitiba, 2016


Nos dias 8 a 11 de setembro, nós tivemos a Bienal de Quadrinhos, que conhecíamos antes por aqui como Gibicon, no Museu Municipal de Arte (MuMA). A princípio, o evento era só um pretexto para me encontrar com minhas amigas, mas, ao ver as exposições e até alguns dos trabalhos dos expositores, me surpreendi com a força que os quadrinhos podem ter como ferramenta de crítica e política, assim como com os vários talentos brasileiros que estavam reunidos num só lugar.

Tinha gente bem conhecida por essas internetes, como os autores do Armandinho, Will Tirando (mas meu negócio é com a Anésia, hehe), Quadrinhos Ácidos e Como Eu Realmente! Foi uma pena eu não ter levado mais dinheiro, pois encontrei a moça que fez Navio Dragão, com a Lif, uma viking rabugentinha que eu adoro... 😭

Ah, mas também tive glórias nesse dia: consegui finalmente o meu "Tirinhas do Zodíaco" autografado - tadinho do moço, estava todo atrapalhado com os brindes na mochila - e o maravilhoso "Outras Meninas", da Manu Cunhas - adorei conhecê-la, super simpática e linda! Espero poder falar sobre esse livro empoderador para vocês em breve 💙


Eu até tentei tirar umas fotos na oportunidade, mas nenhuma conseguiu mostrar o potencial mesmo do evento, então resolvi ilustrar o item com um vídeo do canal Pausa Para um Café, que fez muito mais jus ao conjunto da obra, beleza? 😘 Ah, e desculpem o excesso de links, são muitas ~reverenzas~, hehe!

2. Fantôme, de Utada Hikaru


A Internet veio a baixo quando anunciaram um novo álbum da Hikki, depois de tanto tempo fora de cena! Pelo que entendi, ela precisava de certo espaço para ser ela mesma e interagir como uma pessoa comum faria, o que só conseguiria num relativo anonimato - assim, ela saiu do Japão e foi morar na Inglaterra.

Acho que Fantôme é o resultado fascinante das experiências pelas quais a Hikki passou nesse meio tempo, sejam elas alegres - como a troca de ares, o segundo casamento e o nascimento do seu filho - ou tristes - como o suicídio de sua mãe.

Eu também acredito que este álbum é um sopro de frescor no cenário J-Pop. Esses dias mesmo estava conversando com uma amiga sobre como esse gênero, pelo menos no mainstream, parece estagnado em si; Fantôme veio para dizer que "dá para ser mais", sem perder a autenticidade das músicas pop japonesas.


Eu fiquei besta quando percebi que gosto de quase todas as faixas deste álbum, coisa rara nos últimos tempos! Tem Manatsu no Tooriame, Sakura Nagashi (suspeita, por ser tema de Evangelion), Nijikan dake no vacance, Ore no Kanojo...!

Ok, se temos de terminar essa árdua tarefa de escolher uma favorita, vou escolher Tomodachi (amigo) por motivos de: Hikki diva falando na lata sobre amor por alguém do mesmo sexo. Segura essa marimba japonesa, mon amour! 👊

3. D. Gray-Man



Há alguns anos, lançaram um anime de D. Gray-Man e acompanhei tudo bonitinho, até terminarem a série animada sem um final definitivo e eu me sentir um cachorro que caiu do caminhão de mudança. Tá, ok, o mangá não acabou, mas vamos ser francos: já tem um catatau de animes por aí que passaram pela mesma coisa e fecharam o arco certinho, então por favor...

Oito anos depois desse "fim", do nada, me aparecem com Hallow, a sequência direta do anime! Depois de muito me enrolar, fiz uma maratona relâmpago da série antiga e fui assistir a tal novidade. Mas só 12 episódios? E o mangá também não avançou muito? Aff 🙄

Comecei falando tão mal que deve estar difícil de entender por que eu coloquei esse anime nos Favoritos afinal, né? Mas é que, apesar de tudo (ou por conta disso tudo), eu acabei redescobrindo o quão bom D. Gray-Man é, com um protagonista que, por princípios, acaba se tornando antagonista, personagens carismáticos e uma história que parece descascar a dicotomia "bem e mal". Agora, estou acompanhando o mangá e sinto que mais plot twists estão por vir!

4. Monopoly Deal


Não sei se devo isso ao fato de ter tido poucos amigos, mas eu não conheço muitos jogos, mesmo aqueles basicões que imagino fazer parte do repertório de toda criança dos anos 1990, como War ou Imagem e Ação. Sendo esse o caso, nas oportunidades em que posso jogar alguma coisa assim, consigo até sentir meus olhos brilharem!

Uma dessas raras vezes foi justamente depois da Bienal de Quadrinhos, quando minha amiga e seu namorado me apresentaram a dois jogos de cartas: Love Letter e Monopoly Deal. O primeiro é um jogo de dedução em que se tenta adivinhar que carta das mãos dos jogadores está levando a mensagem de amor para a princesa. Achei bem bacana, mas eu fiquei impressionada mesmo com o último.

Quero dizer, a sobrancelha ergueu quando vi um banco imobiliário de cartas, mas só jogando para perceber que é realmente muito divertido - e mais, esse formato torna a brincadeira bem mais dinâmica! Aqui fica difícil tentar explicar como funciona, mas se você também não conhecia, recomendo muito ir atrás! 😊

21.10.16

Favoritos do Mês: Setembro, 2016

Ensaiei começar o post com um "não tinha nada para fazer, por isso resolvi responder uma tag", mas... É mentira. Vamos ser francos, pelo menos neste bloguito: estava de saco cheio dos estudos, por isso resolvi responder uma tag. Guilty total, me julguem! Hehe :P

Essa tag eu encontrei num site chamado The Blog Tag e o conteúdo é bem interessante! Eles propõem um tema diferente a cada mês e os blogueiros podem fazer posts a respeito, responder tags relacionadas criados por eles e, assim, incentivam a blogagem coletiva. Super recomendado para aqueles nossos (muitos) momentos de bloqueio criativo, hein? ;)

Imagem: Lia Leslie, Pexels

#1 Como você interpreta o mundo a sua volta?

(é do tipo copo-meio-cheio ou meio-vazio?)

Em geral, eu tento interpretar as coisas de uma forma positiva, mas não me considero ingênua, porque também já penso nas possíveis formas negativas. Apenas não as coloco em primeiro plano porque elas têm o incrível poder de nos paralisar diante dos problemas, quando o mundo precisa que pensemos em soluções e eu preciso acreditar que há ainda esperança para continuar a ir em frente.

#2 Você já interpretou errado uma situação e isso te colocou num problemão? Conte sobre isso!


Não me deu rolo, mas podia ter dado se tivesse lidado com uma pessoa desequilibrada. Foi quando houve uma batida no carro e eu estava no banco do passageiro. Minha mãe saiu do carro para conversar com o outro motorista e eu permaneci lá dentro, porque fiquei meio tensa com a situação. Contudo, quando vi que o cara começou a discutir com a minha mãe, me baixou um troço como nunca senti antes...

Saí do carro e peitei o cidadão, sem saber nome, sem saber posto, sem saber o que foi discutido: "Para de gritar com a minha mãe". Foi só isso, com olhos cravados, voz postada e meus amedrontadores 159 centímetros de altura. Depois, quando fomos a uma reunião do escritório de advocacia para um acordo, o advogado foi bem claro: "ele não queria se encontrar com a parte". Não sei se eu fui a culpada disso, mas, de qualquer modo, ficam registradas as desculpas pela ignorância e imaturidade para com o moço. 😞

#3 Você acha que interpretação é algo que você constrói através do aprendizado ou já é um instinto natural nosso?


Essa pergunta faz pensar um pouco, né? Eu acho que interpretar faz parte do nosso instinto e dos mais primitivos. Certa vez, eu vi um documentário sobre bebês e afirmava-se que o cérebro dos pimpolhos é bem mais sensível às coisas que acontecem em volta, abertos e ávidos a conhecer mais e mais sobre o mundo, mesmo ainda dentro da barriga da mãe. Acredito, então, que esses estímulos passam por uma "peneira" no cérebro para saber se gosta ou não gosta de uma música, de um rosto, de uma comida; se tal coisa dá medo; se algo no seu corpo está errado - e começa a chorar.

Por sua vez, o aprendizado é o que vai lapidar essa interpretação que nos é inerente, mas ele vai muito além da escola: é a educação dada pelos nossos pais, os discursos da TV, as letras de música, os fragmentos de conversa que ouvimos no dia a dia, a cultura em que estamos inseridos, a turma de amigos com que andamos e, por fim, a nossa capacidade de filtrar tudo isso para ter uma linha de raciocínio lógica. ... Ok, agora pode descer do lustre, Karupin! 😂

#4 Qual é a pior lembrança que você tem de alguém entendendo errado suas palavras/atitudes?


Acho que foi na adolescência, num pequenino evento que amigos meus organizaram. Não tinha muita coisa para ver e, depois de um rolê sozinha de dez minutos, eu subi para cumprimentar esses amigos e ficar por perto se eles precisassem de alguma coisa. Foi quando um desses amigos me pediu para sentar com ele no outro lado da sala em que a turma estava; eu fui, achando que ele queria conversar ou me dar um toque, sei lá.

Sentamos nas cadeiras encostadas na parede, um de lado para o outro, e fiquei esperando o que ele tinha para falar. A pausa foi grande, achei que era sério. De repente, esse cara, que eu considerava quase como um irmão mais velho, começou a roçar o rosto no meu e beijar esse lado que estava virado para ele. Fiquei em choque: gelei, paralisei, não reagi. Quantos minutos devem ter passado? Ele continuava a flertar com meu rosto enquanto eu pensava em mil jeitos de sair dali. Nisso, deve ter pensado que estava tudo tranquilo e favorável - até segurou e acariciou a minha mão, que suava frio.

Foi quando ele começou a querer chegar perto dos lábios que levantei de sopetão: "vou ao banheiro!" Pedi desculpas com um sorriso amarelo, peguei minha bolsa, me esgueirei para sair do prédio sem ninguém perceber e fiz meu caminho a passos largos para o ponto de ônibus. Nunca mais apareci em qualquer reunião daquele grupo e deixei tudo mal resolvido até hoje - nada do que se orgulhar, mas realmente não entendia nada de flerte ou xaveco, quanto mais avanços sem sinais prévios...

#5 Você acha que interpretar é importante no dia a dia das pessoas?


Não só acho importante, como essencial! Lá em cima eu já mencionei como acredito que este é um instinto, mas saber usá-lo é uma luta diária. Acredito que somos um projeto sempre aberto a melhorias e aperfeiçoar nossa interpretação faz parte do processo em prol de uma melhor convivência com a família, os amigos, os colegas, a comunidade e com nós mesmos - por que não, afinal temos também nossos confrontos internos e o grande desafio de saber o que realmente pensamos e sentimos.

#6 Sendo um blogueiro, há vezes que você acha difícil fazer seus leitores entenderem sua interpretação de algo através dos seus textos?


Eu entendo que tenho uma facilidade muito maior em escrever do que falar, mas procuro ser diligente para "evitar a fadiga" (Jaiminho feelings) de ficar explicando o que eu quis dizer ou entrar em quedas de braço nos comentários sem razão de ser. Para isso, os posts ficam fermentando por um bom tempo aqui na fábrica de ideias, sempre passando por vistorias e revisões em dias inspirados até sua derradeira publicação.

#7 Você se preocupa com a forma que as pessoas podem interpretar suas palavras e atitudes?


Sempre! Tanto o é que chego a dedicar, se tiver esse prazo todo, dias inteiros pensando em várias alternativas para falar algo. Não bastasse isso, ainda há dias em que fico ruminando qual teria sido a melhor forma de ter falado algo numa situação que aconteceu há semanas, meses, até anos atrás! 😱

Jogo Rápido


#8 Ao falar, você faz rodeios ou diz direto?
Faço rodeios. Peco pelo excesso. Falo de algo maior para chegar ao ponto menor.

#9 Ao falar, você costuma usar gestos com as mãos ou não?
Sim. Acho que, mesmo de mãos atadas, lá estariam os dedinhos cantarolando junto com a boca.

#10 Ao se concentrar, você prefere barulho (falas, música) em volta ou silêncio absoluto?
Música ambiente. No final, silêncio me deixa um pouco desconfortável.

#11 Numa discussão, você é mais: passivo-agressivo ou direto mesmo?
Passivo-agressivo. Mas, de boa: o melhor é não mexer com quem tá quieto... 😝

14.10.16

TAG | Interpretação

Estou toda atrasada, mas finalmente trago aqui a Checklist de outubro!

A quantidade de lançamentos está até razoável, mas acho que não exagero quando digo que outubro era um mês muito aguardado por guardar títulos como "Caste Heaven" e "Escape Journey". Eu sei da popularidade de "Caste Heaven", mas é difícil para mim digerir essa história (sistema doente, assédio, abuso físico e verbal, bullying, estupro...). Aliás, muito do que vem da Ogawa Chise é complicado nessa vida...

Em compensação, "Escape Journey" é um amorzinho tão grande que tascou o posto de Destaque do Mês na hora - e é sobre ele que vamos falar a seguir. Sigam-me os bons! 👇



Destaque do Mês


Bom, como falei lá em cima, meu troféu Destaque do Mês foi para "Escape Journey", mais um trabalho lindo assinado pela talentosa Ogeretsu Tanaka-sensei - e eu não sou nem um pouco bias dela, como dá para perceber, tee-hee!

Hisami Naoto (CV: Nakazawa Masatomo) é um rapaz super comunicativo e extrovertido que está em seu primeiro dia na faculdade. Com os contatos de várias garotas e já fazendo amigos, parecia que tudo conspirava para que essa fosse uma estreia perfeita, se não fosse pelo encontro com uma sombra do passado: um jovem bonito, mas fechado e mordido de ciúme chamado Hase Taichi (CV: Maeno Tomoaki).

O que ocorre é que Naoto e Taichi eram amigos no ensino médio e, nesse meio tempo, começaram a namorar. Contudo, se a amizade entre os dois era cheia de risadas e diversão, o namoro era preenchido por discussões sobre coisas bobas e até trocas de socos. "O amigo Taichi é divertido, mas o namorado Taichi não". Não demorou muito para as brigas ficarem insuportáveis e Naoto resolveu terminar tudo, rompendo contato com Taichi de vez até se graduarem.

Apesar do climão do reencontro, os dois acabaram entrando no mesmo círculo de amizades na faculdade, o que os forçou a conviverem novamente e redescobrirem o quanto era divertida a companhia um do outro. Só que essa não foi a única coisa boa que eles relembraram sobre estarem juntos e, achando que Taichi podia ter mudado, Naoto resolve se dar mais uma chance no amor. Todavia, será que isso bastaria para não trilharem aquele mesmo trágico caminho das pedras?  

Quando anunciaram esse drama CD, eu fiquei muito feliz pelo fato das obras da Ogeretsu Tanaka terem começado a receber a devida atenção, porque é um sucesso garantido após o outro! O traço evidentemente é muito bonito e sensual, flertando levemente com o gênero bara pelo conteúdo explícito das cenas mais eróticas. Contudo, acho que o seu trunfo é a fluidez natural da narrativa, sem usar firulas como emoções ou gestos exagerados, por mais que opte por cenários triviais e personagens que poderiam muito bem ser seu parente, seu amigo ou seu conhecido.

Agora, o que me pegou de surpresa mesmo foi a escolha do elenco, pois nunca imaginaria esses dois aí de baixo atuando como um casal! Nakazawa-san sempre ficava com uns drama CDs meio underground e não me recordo dele ter feito um personagem todo serelepe feito o Naoto, então será algo interessante de se conferir. Já tipos como o Taichi não são novidade para o Maeno-san, mas acho que não cogitei a possibilidade do personagem ter uma voz grossa assim... Enfim, estou ansiosa! 💙

Referências


Seme | Hase Taichi (CV: Maeno Tomoaki)
Natsume (Brothers Conflict), Camus (Uta no Prince-sama), Yukina Kou (Sekai-ichi Hatsukoi);

Uke | Hisami Naoto (CV: Nakazawa Masatomo)
Clear (DRAMAtical Murder), Futakuchi Kenji (Haikyuu!!).

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6.10.16

BLCD Checklist: Outubro, 2016

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